“Redemoinho é um romance em prosa arteiramente poética, escrito com alma, suor, sangue e muita vivacidade do Lutar”.

 

A obra narra um fragmento da história de Redemoinho – uma encarnação intrepidamente poética sobrevivendo pelas ruas da Selva de Concreto que responde por São Paulo.

Bem traduz o pesquisador Matheus Mendonça na exposição da contracapa:

Era uma tarde cinzenta, sempre dizem que as tardes aqui são cinzentas, e estava eu imerso no livro recém-escrito do amigo. Depois de um disparo de menos de uma hora, paro na metade. Desato-me, momentaneamente, para respirar desse redemoinho inesperado e envolvente. Quantos detalhes, quanta riqueza, quanta verdade. Traz-nos surpresa não só pela forma, mas também pelo interlocutor.

Redemoinho é o nome e, ao mesmo tempo, a obra de um mendigo, que aprendeu a traduzir o mundo através do seu olhar, da sua história e da sua fé. Fé essa muito desprezada, assim como a sua invisível história de perda e sofrimento. No meio do redemoinho, que não é propriamente o de João – apesar de também ter raízes no sertão-, enxergamos a nossa dívida, culpa, negligência, ignorância e impostura.

O redemoinho é como um raio de sol a iluminar esse nosso mundo escuro e triste, mas que também nos queima arduamente. A noite aqui cai e fico com o coração em Santa Cicília, onde tantos redemoinhos nascem e lá descansam, numa esquina qualquer, sem nunca receberem o aconchego da nossa indignação; a simpatia do nosso olhar; e a compaixão dos transeuntes. Assim se vão para sempre, como se nunca tivessem chegado. E, nós, remediados, seguimos nosso caminho normalmente.

O redemoinho soa como um prelúdio de uma tempestade inevitável dentro de cada um de nós.” Inglaterra 01/10/2020.

Redemoinho! Que gire mundo! “

 

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