O calote tem a anuência do governo Federal e políticos.

Graças ao apoio preponderante dos diversos segmentos da igreja evangélica, temo eufemístico para se livrar da palavra protestante, o ex-capitão presidente Jair Messias Bolsonaro foi eleito e por isso tem facilitado a vida financeira dos diversos pastores que pregam a palavra de Deus. Incólumes, eles, os mensageiros de Senhor, acumulam uma dívida milionária de impostos que serviria para construir centenas de casa populares. Sem nenhuma preocupação graças ao apoio de ex-capitão e parte do Congresso, o montante do calote é perdoado e o governo faz vista grossa para cobrar o que tem que ser pago.

É só tomar como exemplo a dívida de impostos da Igreja Mundial do Poder de Deus, do pastor Valdemiro Santiago. Elas triplicaram entre dezembro de 2018 e setembro de 2021. A igreja foi a instituição religiosa que mais teve aumento de débitos de impostos, contribuições e outros tributos em dívida ativa da União no período, mostram dados da PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional). De acordo com os dados analisados pela reportagem, em pouco menos de três anos os débitos tiveram um salto de quase R$ 123 milhões, indo de R$ 48,66 milhões para R$ 171,6 milhões.

Quase a totalidade das pendências tem relação com a folha de pagamento, como contribuições previdenciárias e imposto de renda retido na fonte de FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Neste mês, os funcionários da igreja fizeram uma greve por causa de atraso de salários.

Num culto neste mês de novembro, Valdemiro Santiago pediu donativos aos fieis para pagar gastos com o 13º salário dos funcionários. “Queria que vocês ajudassem a obra, porque não sou o dono da Casa da Moeda”, disse. O pastor chamou os grevistas de “revoltados”, segundo ele, “porque é a primeira vez que o Brasil tem um presidente que gosta da obra de Deus”. Levantamento da rádio Jovem Pan mostrou que, entre janeiro e agosto de 2019, Bolsonaro teve 33 encontros com líderes religiosos, sendo 30 com evangélicos, incluindo Valdemiro.

Folha da Terra Jornal

0 Comentários

Comente