Não está pior pela atuação de alguns profissionais que ainda acreditam que a profissão é um “sacerdócio”.

 

A Bahia sempre foi uma das últimas colocadas no ranking nacional de Educação. Alagoinhas não é diferente. Nesta edição publicamos a pesquisa detalhada feita pela vereadora Luma Menezes. Ela visitou as escolas municipais e constatou que é muito difícil colocar em prática uma aprendizagem produtiva na situação em que se encontram os prédios escolares.

E essa a situação não é circunstancial devido a pandemia do Covid. Vem de muitas gestões municipais que, seguindo o exemplo nacional, colocam a Educação em segundo plano. Faltam maiores investimentos na capacitação dos profissionais da área, o conteúdo programático está distante anos luz da realidade da região e o alunado não tem acesso aos recursos tecnológico por falta de condição econômica.

Segundo a pesquisa TIC Domicílios 2019, 71% dos domicílios brasileiros têm acesso à internet. Esse número dividido por classe social evidencia a desigualdade: 99% das casas de classe A têm internet, 95% na B, 80% na C, enquanto na classe DE o número cai para 50%. Para a classe mais pobre é muito difícil adquirir um celular, tablet ou computador. Para quem consegue, resta a esperança de poder pagar os provedores.

O que a vereadora Luma Menezes viu na rede municipal

De acordo com o relato de Luma, as escolas municipais tem iluminação precária e as dependências não possui ventilação adequada. Muitos dos prédios escolares não suportam chuvas e logo enchem de agua. Ela constatou também muitas fezes de morcego dentro de sala de aula. Os sanitários são inadequados para qualquer criança, principalmente portadores de deficiência.

Em conversa com os professores, a vereadora tomou conhecimento que muitas vezes o profissional usa dinheiro do próprio bolso para viabilizar suas atividades em sala e não deixar que milhares de crianças sejam deixadas para trás sem acesso a educação. Isso traz a tona a máxima que diz que “ser professor é um sacerdócio “

Através da Secretaria de Comunicação da prefeitura, o Folha da Terra tentou uma entrevista com o secretário municipal de Educação, o advogado Gustavo Carmo e não obteve êxito. O secretário Maurílio Fontes disse que Carmo estava muito ocupado.

 

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