Havia um elemento fundamental em jogo nos protestos no sábado, 29 de maio – a autoconfiança da população brasileira para seguir na luta contra o flagelo bolsonaro.
No plano das instituições que exigem a democracia, Bolsonaro tem sofrido derrotas agudas e frequentes, – como se vê na CPI e nas decisões recentes do Supremo Tribunal. Como se vê pelos grandes grupos de mídia, há muito o grande capital abandonou o alinhamento automático de olhos fechados.
Embora não tenha sido capaz de encarar e resolver um caso grave de indisciplina, a hierarquia militar não esconde o mal estar pelo palanque de Pazuello
No plano internacional, o bolsonarismo tornou-se um caso de anedota: sua diplomacia conseguiu brigar com Washington e Pequim ao mesmo tempo.
Mas resta – e sempre restará- a rua e os maléficos efeitos da pandemia, recurso de uma governo que perdeu o interesse em oferecer respostas coerentes ao sofrimento de brasileiras e brasileiro, contando com a Covid -19 para seguir no programa de genocídio infeccioso para manter a população silenciosa e domesticado, como se fosse incapaz de resistir e lutar por seus direitos, enquanto o patrimônio do país é entregue de bacia e a oitava economia mundial vira colônia.
Essa foi a batalha de sábado, 29 de maio de 2021. Num autentico movimento de baixo para cima, como só acontece em ocasiões de grandes mudanças, o povo brasileiro impôs uma derrota profunda a um governo de destruição nacional.
O dia terminou com a prova de que está cada vez mais difícil para o Planalto encontrar quem seja capaz de lhe prestar socorro efetivo.
Naquele sábado o Brasil disse: “Fora Bolsonaro”. Este é o rumo.