Nenhuma nação do mundo permitiria que o inimigo tomasse conta do seu quintal.

Por Rui de Albuquerque

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Liderada pelos Estados Unidos, foi criada em 1949 com objetivo de inibir o avanço do bloco socialista no continente europeu fazendo frente à União Soviética e a seus aliados da Europa Oriental. Era tempo da chamada guerra fria. A União Soviética se dissolveu e seria esperado que a OTAN, como aconteceu com o Pacto de Varsóvia, seguisse o mesmo caminho já que não haveria qualquer razão para continuar existindo.

Não foi o que aconteceu! Seguindo a política expansionista norte americana, a OTAN seguiu em frente e vem tentando, em pleno século 21, cooptar o maior número de nações ao redor do mundo, principalmente no Leste Europeu. O que o Tio Sam não levou em conta é que a Rússia não é uma republiqueta como Cuba (lembram a instalação de mísseis russos no país ou os embargos que perduram até hoje?), como o Brasil (golpe de 1964) Venezuela, Afeganistão e outros países ao redor do mundo.

Qualquer cidadão que tenha o mínimo de massa encefálica percebe o que os Estados Unidos tentaram fazer, através da Ucrânia. Apertar o cerco em torno do feudo do belicoso Vladimir Putin não foi a política recomendável e o resultado tem sido catastrófico. Para quem conhece a história russa, foi como cutucar a cobra com vara curta. Vladimir Putin dá uma BOIADA para entrar numa briga e um REBANHO INTEIRINHO para não sair. Sempre foi assim desde que assumiu o poder há mais de 22 anos.

Pura ilusão pensar que o oligarca russo não esperava tamanha quantidade de sanções. Muitas delas feitas apenas para demonstrar o suposto descontentamento de alguns governantes. O discurso público é um, mas as negociações nos bastidores do Poder são outras. Todos têm a perder com as medidas restritivas. A dependência do gás, petróleo, trigo, fertilizantes e milho exportado pela Rússia está provocando calafrios até mesmo nos produtores rurais brasileiros.

Enquanto a briga de cachorros grandes se desenrola, milhares de inocentes morrem.

Folha da Terra Jornal

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