Julho é o mês de conscientização sobre a doenças

Os miomas uterinos, tumores benignos que afetam milhões de mulheres em todo o mundo, não precisam ser uma sentença para as pacientes que desejam preservar o útero e sua capacidade reprodutiva. Embora a doença possa causar infertilidade, desconforto significativo e impactos relevantes na qualidade de vida, avanços médicos como a miomectomia robótica e a embolização das artérias uterinas têm proporcionado tratamentos cada vez mais eficazes, com destaque para a preservação do útero. Além disso, medicamentos com ação hormonal têm se mostrado eficazes no controle do crescimento dos miomas, reduzindo os sintomas associados. Cerca de 70% das mulheres em idade fértil têm miomas.

Além de adaptar o tratamento às necessidades individuais de cada mulher, as inovações mais recentes incluem abordagens multidisciplinares e exames diagnósticos de ponta que facilitam a identificação da melhor estratégia para cada caso. Segundo o cirurgião ginecológico Marcos Travessa, “a preservação do útero hoje em dia é uma opção realista para um número maior de mulheres, o que lhes permite realizar seus desejos reprodutivos e viver com mais qualidade de vida a longo prazo”, resumiu o especialista.

Ainda de acordo com o diretor do núcleo de ginecologia do Instituto Baiano de Cirurgia Robótica (IBCR), a miomectomia é um procedimento cirúrgico que envolve a remoção dos miomas, preservando o útero. Ela pode ser feita de forma minimamente invasiva, por meio de cirurgia robótica ou laparoscópica ou, ainda, através de histeroscopia. Já a embolização das artérias uterinas é um procedimento minimamente invasivo que visa bloquear as artérias responsáveis pelo suprimento sanguíneo dos miomas. “Essa abordagem reduz o tamanho dos miomas e alivia os sintomas, ao mesmo tempo em que preserva a fertilidade, uma vez que o útero não é removido”, destacou Marcos Travessa.

A cirurgiã ginecologista do IBCR, Gabrielli Tigre, destaca que em alguns casos, o tratamento medicamentoso pode ser uma opção para reduzir temporariamente o tamanho dos miomas. “A prescrição de medicamentos como agonistas do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) pode diminuir os miomas antes de procedimentos cirúrgicos. Cada caso precisa ser avaliado de forma individual e personalizada”, explicou.

Para a paciente da doutora Gabrielli, Luciana da Conceição Borges dos Santos (34), a opção de tratamento escolhida foi a cirurgia robótica, que agrega vantagens como menor tempo de recuperação, menos dor no pós-operatório e a precisão necessária para a conservação do tecido saudável do útero. “Minha recuperação foi bem tranquila, pois na mesma semana já conseguia caminhar normalmente e os pontos secaram rapidinho. Foram apenas cinco incisões pequenas na barriga. Mas o melhor de tudo foi ter engravidado cinco meses após a cirurgia”, contou a analista de logística.

Luciana descobriu que tinha miomas através de uma ultrassom transvaginal de rotina, pois inicialmente não havia sintomas. Semestralmente, ela acompanhava os tumores para saber se iriam se estabilizar ou aumentar. Com o passar dos anos, o fluxo sanguíneo intenso e a dificuldade para engravidar apontaram que seria necessário iniciar um tratamento.

“Primeiro, usei anticoncepcional para diminuir o fluxo e depois, quando os miomas cresceram a ponto de aumentar o tamanho do meu útero, realizei a cirurgia por robótica para remoção deles”, contou. A gravidez do primeiro filho em tão pouco tempo após o tratamento foi uma surpresa muito agradável, já que a paciente sonhava com a maternidade. “Hoje estou bem, esperando o meu primeiro filho com alegria e expectativa. Minha gravidez está muito tranquila, sem nenhuma complicação, graças a Deus”, completou.

Assessoria de Imprensa:
Cinthya Brandão
(71) 99964-5552

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