Na sessão ordinária de ontem (13), a vereadora Juci Cardoso (PT), ao tratar da questão da fibromialgia, afirmou que a gestão de Joaquim Neto agiu de forma desonesta em vários momentos. A parlamentar é autora da lei que cria o programa municipal de fibromialgia. “Fui também captadora de recursos para garantir que o programa funcionasse. Então, aqui tenho cinco leis, não só porque sou portadora de fibromialgia, mas da necessidade de se tirar este público e esta demanda da invisibilidade”, salientou, acrescentando “que a experiência foi exitosa, inclusive com reconhecimento do Ministério da Saúde e do estado da Bahia”.

“Estou fazendo essa referência porque quando isso se deu, o governo, na época, e a secretária Laína, erradamente, tomaram para si um protagonismo que não era deles. Não é possível a gente naturalizar, tentar invisibilizar o fazer do parlamento, porque os poderes são igualmente importantes, só têm competências e funções diferentes. Então, nós não podemos valorizar as ações do Executivo e desvalorizar a criação da norma”, argumentou a vereadora.

Na sequência, Juci Cardoso disse esperar que o atual governo tenha uma postura diferenciada em relação à Casa, não importando se é base ou oposição, e isso precisa ficar registrado. Em relação ao Fevereiro Roxo e sobre todas as doenças incluídas na pauta, a parlamentar informou que no final do mês haverá uma agenda conjunta e que é preciso fortalecer o papel do legislativo na administração pública. “Não podemos aceitar esse tipo de invisibilização”, pontuou.

Contratação

O anúncio da contratação de assistentes sociais e psicólogos pelo governo do estado para atuarem em escolas públicas foi elogiado pela vereadora. Ela considera a ação como “mais do que necessária”. A vereadora disse ter visto alguns vídeos em grupos de WhatsApp comemorando acertadamente a ação do governador. “Só que eu vi pessoas que fizeram a comemoração, mas esqueceram de registrar que o governo anterior, a administração de Joaquim Neto, vetou um projeto que esta Casa aprovou garantindo psicólogos e assistentes sociais nas escolas. Nós precisamos ter coerência. Então, se eu defendo nacional ou estadual uma pauta, ela precisa ser uma pauta, e não apenas quando é conveniente. Estamos retomando este debate com a administração Gustavo Carmo, entendendo que ele terá, inclusive, a partir de uma escuta nossa, junto com a rede, que conseguimos criar uma estrutura administrativa do município para tratar de forma mais adequada a questão da saúde mental, haja vista os graves números que só crescem em nossa cidade”, salientou.

Hospital Materno-Infantil

A vereadora também tratou da questão do hospital materno-infantil e afirmou que se posicionou contra a privatização. “Nós falávamos que não ia dar certo. Hoje, eu percebo que o materno infantil atua como se estivesse usando recursos privados, quando, na verdade, usa recursos públicos, mas sem o diálogo necessário, inclusive, com os fiscalizadores do dinheiro público, que são os legisladores”, argumentou.

Juci Cardoso considera acertada a retomada do plantão 24 horas, assunto tratado pelo prefeito Gustavo Carmo e o secretário de Governo Anderson Baqueiro com o sindicato que representa os trabalhadores da unidade de saúde. “Nós apoiamos esta luta”, acrescentou. A questão do ultrassom, que é realizado no final da tarde, de acordo com a vereadora, também está sendo tratada pela administração municipal, assumindo, em seu entendimento, um papel de não protagonista na gestão daquilo que é público.

Para ela, a gestão do hospital materno-infantil precisa prestar contas. “Nós faremos um debate nesta Casa para que se preste contas das metas alcançadas, no que se avançou, inclusive em relação ao que diz o edital e o contrato da referida empresa, que trata a cidade como se fosse a inciativa privada, mas ali é recurso público de cada alagoinhense e precisa se adequar e garantir o atendimento para todas as pessoas”, enfatizou a vereadora.

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