Na sessão ordinária desta quinta-feira (20), a vereadora Jaldice Nunes (União Brasil) trouxe à tona a insatisfação dos enfermeiros e técnicos de enfermagem que atuam no Hospital Materno-Infantil de Alagoinhas. Dirigindo-se ao vereador José Edésio (Progressistas), que também é enfermeiro e líder do governo, Jaldice pediu a intermediação dele junto à gestão municipal para buscar soluções para a categoria.

“Eu fui procurada por alguns que trabalham lá no Hospital Materno-Infantil e que questionam, e aí também tem o vereador Edésio, que é enfermeiro e que é líder do governo, que possa também estar intermediando isso junto à gestão. Na verdade, a contratação foi em julho do ano passado, mas agora tem uma nova gestão para haver a possibilidade de que seja pago o teto”, explicou.

De acordo com os relatos que chegaram ao seu gabinete, os enfermeiros estariam recebendo R$ 2.900,00 e os técnicos de enfermagem, R$ 2.600,00, valores abaixo do esperado para a categoria. Além disso, a vereadora ressaltou que os profissionais cumprem carga horária rigorosa, seguindo todas as normas exigidas, incluindo o ponto eletrônico, mas ainda assim não veem o reconhecimento financeiro condizente com a responsabilidade do trabalho exercido.

“Os enfermeiros falam que estão ganhando R$ 2.900,00 e o técnico de enfermagem R$ 2.600,00. E lá tem a questão do ponto eletrônico, tem todas as exigências, e eles estão fazendo jus ao trabalho e todas as exigências, mas que não têm tido esse reconhecimento da categoria”, pontuou.

Jaldice enfatizou a importância da valorização desses profissionais, destacando que são eles os responsáveis pelo cuidado direto aos pacientes, especialmente no momento delicado do parto e nascimento de um bebê.

“Vejam que o técnico e o enfermeiro, não tirando o mérito de todos os outros profissionais da saúde, são os que realmente chegam mais perto, que estão perto de nós quando estamos naquele momento sublime de uma mulher que é dar à luz ao seu filho. Muitos ali têm pós-graduação, têm vários cursos e que precisam ser valorizados e reconhecidos diante de um trabalho que é árduo, de perder noite, de estar ali”, ressaltou.

Lider

Diante da cobrança, José Edésio respondeu afirmando que buscará mais informações sobre a administração da maternidade e o contrato da empresa responsável pela gestão do hospital. Para ele, a transparência nesse processo é fundamental para que o Legislativo possa esclarecer a situação e garantir que os direitos da categoria sejam respeitados.

“A Maternidade de Alagoinhas é administrada por uma empresa, e sabemos que essa empresa assumiu a gestão no ano passado. Honestamente, ainda não tenho informações detalhadas sobre a questão, mas irei buscar esse contrato para que esta Casa possa debater e esclarecer a situação. Sempre fui defensor da profissão que exerço, e muitos funcionários da unidade sabem disso”, declarou.

Ele também destacou que o cumprimento salarial da categoria é uma questão de direito, reforçando que, caso haja alguma irregularidade nos pagamentos, a situação deve ser corrigida. Para isso, afirmou que pretende acionar a Comissão de Saúde e garantir que a Secretaria Municipal de Saúde esteja aberta ao diálogo.

“A discussão salarial é legítima e deve ser cumprida, pois se existe uma lei, ela precisa ser respeitada. No âmbito municipal, como líder do governo, irei acionar a Comissão de Saúde para que o nosso secretário abra as portas ao diálogo. Precisamos ir até a direção da unidade e também à organização responsável pela administração da maternidade para tratar dessa questão”, completou.

Ao fim da discussão, Jaldice reforçou a necessidade de fiscalização sobre a remuneração e as condições de trabalho, destacando que a preocupação deve abranger não apenas enfermeiros e técnicos, mas também todos os profissionais que atuam no Hospital Materno-Infantil.

“A gente precisa que a gestão tenha uma sensibilidade para com esses profissionais. Tanto os enfermeiros quanto os técnicos de enfermagem. E aí a gente já vai fiscalizando isso para todos os profissionais que compõem o corpo administrativo e que prestam serviço ao Hospital Materno-Infantil da nossa Alagoinhas”, concluiu.

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