Se antes a aspiração maior de um atleta era jogar em um flamengo ou um corinthians da vida, hoje são treinados para qualquer clube ao redor do mundo. Ilusão pensar que todos se dão bem.

Por Rui de Albuquerque

Em vários artigos publicados por mim ao longo desses anos, eu tenho enfatizado o “complexo de vira lata” que caracteriza o pensar brasileiro, principalmente quando o assunto é futebol. Depois de mostrar ao mundo a nossa habilidade com a redonda, o país entrou naquela de investir na produção de “craques” para o mercado europeu. A moeda dos gringos falou mais alto do que o futebol arte.

O negocio de exportação de jogadores brasileiros para o exterior tornou-se um grande negócio para os investidores. Pode-se encontrar inúmeros atletas aqui preparados para serem exportados para todo o planeta. Não será nenhuma surpresa encontra-los batendo uma bolinha com os cangurus, lá na Austrália. Pura ilusão pensar que vivem vidas nababescas nos clubes para onde foram pagar os pecados.

Com exceção das poucas estrelas tupiniquins que brilham nos estádios de parte do Velho Continente, os atletas brasileiros comem o pão que o diabo amassou e alguns deles até passam por dificuldade financeira. Enfrentar o frio do Leste Europeu, as diferenças culturais, racismo e diversos preconceitos exige preparação psicológica que não tiveram. Neimar só percebeu que era negro lá na França e não gostou nada.

Se não bastasse o êxodo dos brasileiros, agora legitimamos o complexo de vira lata com a IMPORTAÇÃO de técnicos estrangeiros. Portugueses, argentinos… Pode parecer xenofobia, mas qual seria a explicação mais plausível para um país outrora considerado o melhor do mundo nesse esporte receba de braços aberto os gringos colonizadores? Será que eles sabem o que é “bater um baba” ou “pelada de várgea”?

 

 

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