O votante que vende o seu voto a gente já conhece. Mas, e aquele que esconde a sua verdadeira identidade atrás de uma celebridade política?

O miliciano carioca Fabricio Queiroz ficou conhecido nacionalmente por manipular as rachadinhas do grupo empresarial bolsonarista. Recebia a grana ilegal e pagava as contas do clã do ex-capitão reformado / presidente Jair Messias. A sua prisão foi o ápice para completar seu currículo vitae. Agora Queiroz está apto a ser candidato a qualquer cargo eletivo, e vai ser segundo suas próprias declarações.

Ele tem grande chance de ser eleito deputado Federal levando-se em consideração o perfil do eleitor brasileiro. Para quem vai votar, pouco ou nada importa se o pleiteante tem uma vida pregressa recheada de trambique feita com o dinheiro do próprio votante. A única coisa que importa é que o cara seja um dos legítimos representantes de quem está dando as ordens lá no Planalto.

Essa característica do eleitor brasileiro é uma herança cultural que vem sendo perpetuada há anos. Do mais longínquo período até os dias atuais o que se percebe é que nada mudou. O que é inexplicável é que o Zé Ninguém quase nunca almeja um cargo público ou tem qualquer outra recompensa a não ser ver sua imagem perfeitamente refletida nos queirozes da vida.

Para quem tem o hábito de enrolar, poderia até se falar em identificação ideológica, mas seria mais um discurso vazio utilizado para enganar os incautos. Na verdade, nada mais é do que se escudar em celebridade política, mesmo sendo o miliciano Queiroz para esconder a própria índole.

 

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