Saúde Pública
Não se trata apenas de cumprir a lei, é preciso debater e muito a prática da interrupção de uma gestação.
Rui de Albuquerque
A principio não vamos falar se o aborto no Brasil deve ser legalizado não. Não nos cabe esse tipo de discussão agora. Vamos nos ater a leis vigentes. .O estupro consiste na imposição da prática sexual por ameaça ou violência, e tem como pena prisão de 6 a 10 anos… Para o caso do estupro resultar em lesão corporal grave, ou a vitima ter entre 14 e 18 anos, a pena é aumentada, de 8 a 14 anos; se resultar em morte, de 12 a 30 anos
E quando a relação forçada resulta em gravidez da pré-adolescente ou de uma jovem mulher? Neste caso, a legislação brasileira diz que é possível interromper o processo desde quando algumas normas sejam obedecidas. É ai que vem a tona o falso moralismo em nome de Deus, das convicções ideológicas e da hipocrisia de boa parte do povo brasileiro diante de uma questão considerada acertadamente de SAUDE PÙBLICA. *
Sob o manto da incapacidade técnica, da falta de instalações apropriadas, os médicos seguem a risca o que os setores mais reacionário ditam. Está claro que se está falando do atendimento médico publico gratuito, ou seja, sem remuneração direta para os “doutores”. Para que tem grana, a solução é rápida e segura sem a preocupação com o tempo de gestação.
Em uma país multi facetado como o nosso, é compreensível as divergências ideológicas. Devem existir e é salutar. Entretanto, usar argumentos que escondem preconceitos ou dogmas religiosos para atingir objetivos obscuros é execrável. O aborto é uma pratica nacional e todo mundo sabe dessa realidade.
Alagoinhas
Tenho escrito ao longo da minha carreira como profissional de imprensa que Alagoinhas não foge da realidade do país. Com menor intensidade, é claro, o aborto ocorre com bastante freqüência no município. É uma pena que dados tão importante e que podem provocar um debate público não sejam publicizados pelo Poder Pùblico.

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