Com o término de um relacionamento, nem todo mundo fica, aceita e sabe lidar bem com o fim. Mesmo quando a finitude da relação é aceita é comum bater aquela vontade forte de saber como anda a vida do ex. Muitas vezes, após um término, vigiar os passos virtuais da pessoa, é uma tentação que na maioria das vezes as pessoas cedem.
Por Bianca Reis
Como nas etapas do luto de Kubler Ross experienciamos a negação, o isolamento, a raiva, a depressão, a aceitação sendo estas fases não lineares ou estáticas. A fluidez da (re)elaboração dos relacionamentos no nosso mundo interno nos faz questionar porques e para quês.
Um exemplo é a constatação de mudança dx ex, tornando-se alguém diferente daquela pessoa na qual conhecia e ou projetava expectativas. Além de nos questionarmos porque as mudanças e amadurecimentos dx ex não vieram quando estava ao nosso lado.
Ao olharmos as redes sociais dx ex, podemos estar em busca de explicações e respostas, comparando e competindo, procurando a nós mesmes. De acordo com a psicóloga Bianca Reis, “Na maioria das vezes vira um vício flertar as redes sociais do ex – nem que seja por curiosidade, esquecendo que, neste recorte buscamos apresentar facetas posadas de felicidade e satisfação conosco e com o mundo”.
Olhando a vida alheia nas redes sociais realizamos e acreditamos com muita facilidade que a grama do vizinho é sempre mais verde que a nossa, mas, acontece que nem sempre ela é de verdade, as vezes é apenas grama sintética, ou seja, aquela que brilha mais, porém, rala o joelho, marca e esfarela.
Precisamos compreender e aceitar, que os seres humanos estão sempre em constante mudança e evolução, e que por mais racional e fria que uma pessoa seja, términos, em geral, mexem com nossas cabeças, valores, planos, rotas e trajetórias.
“Vivenciar o término, sem fugir das emoções trazidas com ele, é tão importante quanto virar a página.
Mas, virar a página requer olhar para o capítulo novo que está por vir e escrevê-lo finalizando o anterior, senão o novo não vai fazer sentido”, acrescenta a psicóloga Bianca Reis.
É importante nos perguntarmos por que espiar as redes sociais do outro ainda é relevante ou irrelevante; para quê temos feito isso, quais são as vantagens, que sentimentos busco e quais tem me gerado; No que tem agregado… Ficando atentos como isso nos soa, ressoa.
Sobre Bianca Reis
Psicóloga 03/11.152 do CRE-TEA, Psicoterapeuta, Palestrante e Facilitadora de Grupos. Bianca é Mestra em Família e Especialista em Psicoterapia Junguiana e atua há mais de 7 anos na área clínica, tratando de pacientes com demandas voltadas aos relacionamentos familiares e românticos, sexualidade, gênero, infância, ansiedade, depressão e outras importantes questões psicológicas e humanas.