A dor nada mais é que uma experiência sensorial ou emocional desagradável que ocorre em diferentes graus de intensidade, nas mulheres, as dores podem ter origens variadas, causam um sofrimento intenso e recorrente, que pode se arrastar por anos sem diagnóstico e interferir na autoestima e na qualidade de vida.

De acordo com a psicóloga Bianca Reis, “É importante falar sobre as dores e incômodos, sofridos pelo sexo feminino, não apenas na parte estética, mas da estrutura mesmo, como cólicas, menopausas, dores pós-parto, dentre outras”.

Ao longo da sua trajetória, da adolescência a vida adulta, em cada fase, o corpo e a mente da mulher sofrem transformações que apresentam diversos sintomas e dores, durante o processo de transformação.

Logo na adolescência, quando os hormônios estão mais sensíveis e causam as transformações no corpo, vem o amadurecimento feminino, que traz com ele a primeira menstruação. A menstruação, é a preparação do endométrio, dessa forma, é possível sentir dores intensas durante o ciclo menstrual, a partir daí as mulheres passam a conhecer a cólica e uma forte tensão pré-menstrual, mais conhecida como TPM.

A cólica é a dor crônica mais conhecida pelas mulheres, é também aquele tipo de dor que permanece com a mulher por muito mais tempo.

“As cólicas podem ser intensas por diversos motivos; as doenças do aparelho reprodutor feminino se manifestam geralmente por dores pélvicas agudas ou crônicas. Além disso, é sabido que nossos processos sócio-emocionais podem intensificar dores uterinas e desregular ciclos como parte da complexidade existencial da mulher que tem útero e menstrua”, afirma a psicóloga Bianca Reis.

Na fase adulta as mulheres seguem sofrendo com as dores da cólica, com a TPM, aparecem procedimentos e processos estéticos também sofridos e bem dolorosos, e aquelas mulheres que optam pela maternidade gerada, passam pela dor do parto, pós-parto, da amamentação dentre outras.

Próximo à velhice, é preciso suportar as novas mudanças hormonais, que trazem com elas a menopausa, e não para por aí, tem a osteoporose e diversas outras doenças que são desencadeadas pelas mulheres com o passar dos anos.

“O ciclo de dor está sempre presente na vida feminina, além de aprender a conviver com as sobrecargas das demandas do dia-a-dia, as mulheres estão o tempo todo lidando com as dores físicas e psicológicas causada pela metamorfose do corpo e da mente e, embora este assunto ainda seja tabu, falar da dor da mulher é muito importante na sociedade contemporânea”, conclui a psicóloga.

Sobre Bianca Reis
Psicóloga 03/11.152 do CRE-TEA, Psicoterapeuta, Palestrante e Facilitadora de Grupos. Bianca é Mestra em Família e Especialista em Psicoterapia Junguiana e atua há mais de 7 anos na área clínica, tratando de pacientes com demandas voltadas aos relacionamentos familiares e românticos, sexualidade, gênero, infância, ansiedade, depressão e outras importantes questões psicológicas e humanas.

 

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