Não foi apenas uma questão mundial. A região Norte sofre com a devastação do bioma.

Sem dúvida nenhuma, o inverno deste ano foi um dos mais frios da década em Alagoinhas. De acordo com a previsão do tempo mostrada nos sites, chegamos a inusitados 16º. graus no mês de julho. Com baixas temperaturas e as constantes chuvas, o dia a dia do alagoinhense está exigindo um pouco mais do que era habitual em períodos anteriores.

Para muitos, as baixas temperaturas no município devem ser atribuídas as constantes agressões do homem ao meio ambiente não apenas do ponto de vista nacional, mas também regional. Ilusão pensar que é apenas a devastação da mata atlântica que interfere no clima alagoinhense. É bom atentar para a destruição do nosso bioma com a implantação da monocultura do eucalipto na região.

É uma imensa área de terra que deu lugar a produção comercial de madeira para o consumo interno e principalmente para a exportação. A fúria com que foi feita foi predatória. Olhando pelo alto, o que se vê é uma imensidão de eucalipto em toda a região Norte.

Para sua expansão, a empresa responsável pelo projeto, além de ocupar fazendas, – muitas compradas a grileiros – também criou um programa que envolvia fazendeiros e pequenos agricultores. A empresa cedia os insumos e se comprometia a comprar a produção da madeira. Um grande incentivo para quem via lucros em curto prazo.

A imensidão da monocultura de madeira também foi um fator preponderante no desequilíbrio da flora e da fauna. “Onde tem eucalipto, não tem mais nada” diz um agricultor familiar.

 

 

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