O dia que seria mais uma data comemorativa para os trabalhadores brasileiros tornou-se apenas um evento reivindicatório da classe. Nada se tem a comemorar diante da supressão de diversos direitos trabalhistas historicamente conseguidos através de muita luta.

Alagoinhas, cidade tradicionalmente operária desde os velhos tempos da estrada de ferro Leste Brasileira tem perdido esse espaço com a implantação de medidas que arrocha cada vez mais a classe trabalhadora. Adeus a Leste e ao Polo Petroquímico de Camaçari, abrigos dos operários alagoinhenses.

Restou apenas o incipiente mercado local com raríssimas indústrias incapazes de absorverem a crescente mão de obra da região. A alternativa encontrada foi priorizar o setor de prestação de serviços e o comercio que abarcam toda região no entorno do município.

De acordo  com Adrião Barbosa, presidente do Sindicato dos Comerciários de Alagoinhas e Região, a perda dos direitos adquiridos pela classe que representa tem crescido devido a política do governo Federal. Desde a supressão da obrigatoriedade do pagamento da taxa sindical até a nova legislação trabalhista,

Para o sindicalista, o Primeiro de Maio é dia de renovar a luta por melhores salários, melhores condições de trabalho, mais respeito para as decisões das entidades sindicais laborais e patronais quanto o custeio das mesmas, mais respeito aos instrumentos coletivos de trabalhos. Adrião também defende uma maior participação das mulheres na vida publica, a extinção da intolerância religiosa e um cuidado especial com o meio ambiente.

Folha da Terra Jornal

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